Síndromes são sinais e sintomas que desenvolvem em concurso, manifestando uma determinada condição clínica. As síndromes ansiosas giram em torno do medo e produzem sintomas emocionais, fisiológicos e comportamentais, os três autodeterminantes.
Basicamente, dois comportamentos altamente comuns aumentam a ânsia experimentada pelo indivíduo:
1) Uma excessiva observação de si mesmo (em que ele perscruta o próprio corpo em busca de sintomas anômalos, constrói diálogos inteiros em sua cabeça visando se sair bem numa conversa, sofre antecipadamente por pensamentos catastrofistas etc.)
A auto-observação excessiva faz a pessoa ficar numa hipervigilância constante de qualquer coisa, seja dentro de si mesmo ou no mundo externo, que prenuncie o surgimento daquilo que teme. Há um gasto exorbitante de “energia psíquica” nessa defesa sem fim.
Por isso mesmo, pessoas inflexíveis e perfeccionistas revisam seus trabalhos compulsivamente e sempre encontram algo a ser corrigido. Em tais casos, não necessariamente há algo de errado com suas obrigações. O disfuncional reside, sim, na exigência insaciável de que tudo esteja na mais perfeita ordem. Evidentemente, o nível de ansiedade se elevará muito por suas demasiadas preocupações que, somadas à baixa tolerância ao incerto, querem tudo controlar.
Mas nem toda pergunta da vida cotidiana tem resposta, e em tais pacientes, esta situação causa muito sofrimento. Razão pela qual interessará bem mais ao profissional de saúde fazer o paciente suportar o campo das probabilidades, inerente à existência, que fazer o sintoma sumir.
2) A adoção de medidas paliativas para evitar o objeto temido tentar “forçar a cabeça” a não pensar em coisas desagradáveis, deixar de enfrentar situações sociais, ingerir alcóolicos, ansiolíticos ou outras substâncias tóxicas para enfrentar um problema ou até mesmo dormir para esquecer um problema.
Medidas paliativas são comportamentos de fuga e esquiva cujo objetivo é manter a pessoa “a salvo” de situações ou problemas que ela não se sente capaz de resolver ou agir de maneira satisfatória, conforme suas próprias expectativas. O interior de si mesmo não assegura qualquer tipo de enfretamento e isso a paralisa. A pessoa estará sempre buscando caminhos contrários ao enfrentamento daquilo que a aflige. Os caminhos vão desde dedicação excessiva às suas obrigações laborais até ao constante estado de euforia, esta, quase sempre, alcançada através de agentes externos. Em que pese a aparente eficácia, esta é passageira e nada é modificado no longo prazo: o transtorno emocional prevalece e, além disso, se torna cada vez mais debilitante. Daí a fuga ser constante.
No entanto, há um tratamento eficaz para que se tenha uma vida cotidiana em níveis saudáveis: O Enfrentamento e controle da ansiedade.
Você sabe como enfrentar a ansiedade e mantê-la sob controle?