Assistindo a um dorama há alguns meses, fiquei intrigada com um poema recitado por uma personagem (confesso que não consegui lembrar da fonte, se alguém souber, por favor, me ajude com as referências!), cujo trecho ficou ecoando: “A palavra precisa ser dita para entrar no coração de alguém”.

É bem verdade que às vezes as palavras podem ser vazias e as ações mais eficazes. É provável também que o outro não queira ouvir ou não esteja em condições de entender o que dizemos. Contudo, nem sempre somos tão hábeis em nos comunicar apenas com ações. Comumente deixamos muita coisa subentendida e quem nos ouve talvez nem perceba o que realmente estamos querendo comunicar.

Às vezes nos fechamos no silêncio e na frieza das formalidades (rudeza que aparenta fortaleza diante dos enfrentamentos), rendidos a discursos que nos ensinam, desde muito cedo, a evitar expressões que possam demonstrar fragilidades. Nosso vocabulário tolhido não entra no coração de quem amamos.

Não raro ouvimos expressões como: “Por que você não falou?”, “Eu não tenho bola de cristal”, “Não sou adivinho”. Mas o nosso orgulho justifica argumentando: “Eu não preciso falar, eu apenas faço”. Convenhamos! Há situações em que somente olhar nos olhos e dizer o que sentimos faz a palavra entrar no coração de alguém.

Ao dizemos o que precisa ser dito, uma sensação de bem estar pode nos acolher apenas por termos conseguido falar. E quando nossa palavra entra no coração de alguém, abrem-se as portas para o entendimento, tornando-nos mais empáticos, recíprocos e compreensivos uns com os outros.

Para contribuir e encorajar você a verificar o efeito das suas palavras ao entrarem no coração de alguém, segue uma pequena lista: eu te amo, se cuida, fica bem, me desculpa, eu não sei, bom dia, você é importante, me liga quando chegar em casa, você tem razão, eu gosto de você, eu me enganei, eu compreendo, sinto muito, obrigado, estou aqui, respeito sua escolha. Ah! Podem ser acompanhadas de ações ou não.