Existe uma imagem muito difundida, de um copo com água pela metade, cuja ideia sugerida é: quem vê o copo meio cheio é otimista e, ao contrário, quem vê o copo meio vazio é pessimista.
Esta é uma visão simplista que merece aprofundamento.
Se recorrermos aos dicionários, essas categorias em geral são descritas como a disposição, no caso do otimismo, para ver as coisas pelo lado bom, e no caso do pessimismo, para ver o pior. Eis a questão: É possível mudar essa disposição?
Pesquisas científicas apontam para a relação entre visão pessimista e ansiedade, depressão e propensão para comportamentos de risco. Também relacionam visão otimista da vida com bem-estar físico e mental, comportamentos saudáveis e disposição para enfrentamentos.
Compreender que tanto as coisas boas como as ruins não são permanentes, nem se estendem a todas as coisas, mas são temporárias e circunstanciais, e reconhecer nossas ideias pessimistas, rebatendo-as com criticidade, pode nos ajudar a reconfigurar nossas crenças e melhorar nossa visão sobre as coisas.
Assim, justificar nossos quilos a mais alegando que as dietas nunca funcionam não faz muito sentido. Nem todas as dietas são ineficazes, e muitas vezes falham porque não as seguimos como deveríamos. É preciso considerar que nossas explicações para os fatos podem estar erradas, que provavelmente há outras perspectivas a serem sopesadas, ampliando nossa disposição a buscar soluções alternativas para os problemas e desafios da vida.
Parece que esperança é mesmo a última que morre... Olhando melhor para os fatos, mesmo quando tudo parece perdido para sempre, é ela, a esperança, que se aproxima e nos sugere ao pé do ouvido: na verdade não sabemos em que fração de segundo à nossa frente o universo poderá conspirar em nosso favor e mostrar a solução que tanto procuramos.